Capítulo de hoje: I had a dream...

Depois de custar a dormir, rolando de um lado pro outro na cama pareceu que desliguei e saí de órbita.

De repente me vi num lugar estranho, uma casa grande, estilo antigo, arejada, com paredes azuis, um jardim verde e bem cuidado, com algumas flores dando um pouco mais de cor ao cenário. Ao lado dessa casa tinha uma igrejinha, simples, mas bem bonitinha. Essa casa tinha um corredor que ligava a essa igreja, e eu estava num quarto, em frente a um espelho me arrumando. Estava sozinha e fazia os últimos retoques. Quando observei melhor estava usando um vestido de noiva. Sim estava me arrumando pro meu casamento. Só que sentia um aperto no coração, um sentimento estranho, não sabia explicar... Como se fosse preocupação, tensão, sei lá... Saio, dou uma última olhada pra trás e me olho no espelho. Meus olhos não estão brilhando, não estão felizes, ao contrário, observando bem dá até pra ver um traço de tristeza neles.

Então apareço na porta da igreja. Algumas poucas pessoas estão lá sentadas. Rostos desconhecidos. Procuro um rosto conhecido, um olhar de conforto, um sorriso pra mim, mas só vejo vultos. Então entro em direção ao altar. Sozinha. Onde estaria meu pai??? Era só o que pensava enquanto entrava e olhava pro padre. Chego no altar, e lá não tinha ninguém além do padre. Não tinha noivo. Mas o padre continuava falando, falando e falando... Mas eu não ouvia uma só palavra, só sorria pra um vazio ao meu lado e tinha vários pensamentos confusos. Sinto que a cerimônia acabou e saio correndo de volta o mesmo quarto inicial. Começo a chorar. Tem algumas pessoas em volta de mim, mas não reconheço nenhuma delas, são rostos borrados, turvos. E como se sentisse que alguém me perguntava porque estava chorando eu respondia em meio a soluços... "Não acredito que não tirei nenhuma foto! Estou tão bonita, um dia que quero lembrar pra sempre e não vou ter uma foto pra lembrar. Porque não tinha um fotográfo??? Porque ninguém trouxe uma máquina??? Porque??? Porque???" E saí correndo sem querer saber mais de nada... Engraçado que em nenhum momento eu me importei com a falta do noivo.

Então chego numa praia. A praia estava deserta, parecia uma ilha deserta daquelas de filme. Areia branca, mar azul e calmo, o sol lindo e o céu azul. Vou mergulhar no mar e olhando pro lado vejo Dr. Psicho boiando. Quando olho pra ele sinto um impulso de ir lá falar com ele. Quando estou indo em sua direção ele me olha e faz uma cara de surpresa ao me ver, como quem toma um susto quando vê a última pessoa que pensava em ver por ali. E antes que ele pudesse se mover ou eu mudar de idéia eu pego na sua mão, olho dentro dos seus olhos. Era como se perguntasse com o olhar porque ele sumiu, porque ele não me quis, porque ele me ignorou. Ele me olha de volta e diz que não sabe explicar, só que se sentiu sufocado e sentiu medo, e por isso preferiu fugir sem olhar pra trás. E pede que eu vá com calma, que eu deixe a coisa fluir naturalmente. Então pergunto se posso ficar ali do lado dele, calada, só segurando a mão dele e boiando do seu lado. Ele diz que sim com a cabeça, sorri pra mim, fecha os olhos e ficamos lá, os dois boiando no meio do nada...

Então eu acordo, em pleno domingo as 08:30 da matina, sendo que fui dormir mais de 3 da manhã. A cabeça cheia de caraminhola, interrogações, uma cara de quem tá fazendo prova de física quântica em grego, uma sensação estranha... Começo a pensar o que aquele sonho poderia significar, será que a minha sina é ser sozinha? Casar comigo mesma? Porque ver Dr. Psicho no sonho doeu tanto? Porque o ímpeto de correr e querer pegar na mão dele? Porque querer e aceitar ficar boiando do lado dele?

Aí depois de ficar vegetando na frente da TV pensando se durmo ou presto atenção no filme resolvo vir aqui postar e desabafar com vocês. Coloco o CD de Ivete no Marcanã pra dar uma levantada na energia e começo a escrever.

Quando estou finalizando o 4º paragrafo a janelinha do MSN pula. Gelei da unha do pé ao último dos meus cinco fios de cabelo da cabeça... Era Dr. Psicho diretamente da biogênese das cinzas da fênix. Ele tava como off, mas quando me viu on falou comigo: "Siiiiiiiiiiiiiiiiiii!!! Que saudaaaaaaaaaaaade!!! Passei só pra te deixar um beijo e dizer que não te esqueci não. Só que como as férias acabaram voltei pra meu louco ritmo de vida. E também não esqueci do nosso vinhozinho não, viu!? Não vamos deixar ele virar vinagre!" Enquanto eu me recuperava do susto e voltava as minhas condições normais de temperatura e pressão começa a tocar ' Não precisa mudar ', que a Ivete canta com o Saulo. Puta que pariu!!!! É pra me internar de vez no hospício fala logo.... O universo tá de sacanagem comigo hoje, só pode!

Respondo meio que monosilábicamente pra Dr. Psicho. Trocamos mais umas poucas mensagens, ele se despede dizendo que precisa voltar pros livro e finaliza com: "Você é massa Si! Te adoro viu?! Beijão!"

Resolvi não pensar mais nisso, fiquei lembrando do dia de ontem que foi super agradável (conto no próximo post, prometo!), rindo das loucuras e de como curto minhas amigas, como sou sortuda em tê-las comigo.... E coloquei a música pra repetir pra ver se encontrava alguma resposta nela... Se bem que acho que ela toda é uma resposta.... Escutem vocês também....